As Metodologias Ativas como Práxis de uma Educação Antirracista
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Data
2024-01-12
Autores
Orientador
Palácio, Maria
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Editor
Universidade Federal do Vale do São Francisco
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Curso
Resumo
No que tange às concepções que constituíram as bases do currículo escolar, pode-se dividir a
formação do sistema educacional brasileiro em duas fases: inicialmente, durante a época do
império, em que a educação jesuítica prosperou por quase 200 anos; e no segundo momento,
com o surgimento da República, quando as reformas pombalinas modificaram os seus alicerces
através das aulas régias. Nessas duas fases, tanto a população indígena, que era vista como
selvagem, ou como povos “sem alma”, tendo seu modo de vida violentamente subjugado pelos
dogmas cristãos, quanto a população negra, que teve negado o seu o direito à educação, tiveram
suas culturas inferiorizadas e apagadas pela hegemonia do homem branco. Nesse contexto, esse
processo histórico forjou a constituição de um currículo eurocêntrico. O presente trabalho
objetiva identificar experiências de práticas pedagógicas, mediadas pelas metodologias ativas,
que tenham como escopo a implementação das leis que instituíram a educação das relações
étnico-raciais e suas repercussões na formação continuada de professores. A metodologia
escolhida para o desenvolvimento deste artigo científico foi a revisão narrativa de literatura,
tendo como bases de dados as plataformas de pesquisas Google Acadêmico, Google Scholar e
SciELO, utilizando-se os descritores “relações étnico-raciais”, “metodologias ativas” e
“formação de professores”. Na consecução de tais objetivos, constatou-se a existência de
poucas práticas que podem inverter o apagamento e silenciamento da presença negra e indígena
no currículo escolar, tornando-se urgente o incentivo de ações voltadas para o estudo e o
desenvolvimento de práticas antirracistas no ambiente escolar e nos programas de formação
continuada de professores.