Caracterização do perfil de letramento em saúde em pacientes oncológicos no município de Paulo Afonso Bahia
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Data
2024-05-20
Autores
Orientador
Lopes, Matheus Rodrigues
Título da Revista
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Editor
Universidade Federal do Vale do São Francisco
Campus
Campus Paulo Afonso
Curso
Resumo
O letramento em saúde (LS) é definido de acordo com o grau de habilidade que um indivíduo tem para encontrar, compreender e utilizar informações e serviços de saúde para tomar decisões e ações em favor da própria saúde e de outras pessoas. O menor LS está associado à menor conscientização sobre o autocuidado, menor adesão ao tratamento, além de contribuir para o aumento dos gastos públicos em serviços de saúde. Portanto, objetivou-se mensurar o nível de LS dos pacientes diagnosticados com câncer no município de Paulo Afonso/Bahia. Trata-se de estudo analítico observacional e transversal, realizado com adultos de ambos os sexos, previamente diagnosticados com câncer, por meio da aplicação de questionários sociodemográficos e dos instrumentos de mensuração do nível de LS, Short Assessment of Health Literacy for Portuguese-speaking Adults (SAHLPA-18) e Short Test of Functional Health Literacy in Adults (S-TOFHLA). Dos 132 pacientes oncológicos entrevistados, a maioria foi do sexo feminino (81,1%), com idade entre 41 e 59 anos (62,9%), não possuíam nível superior (75,7%) ou plano de saúde (78,0%) e apresentavam classificação econômica nível C (53,1%). O diagnóstico mais prevalente foi o câncer de mama (61,4%) e o tratamento mais prescrito foi a quimioterapia (37,9%). Constatou-se que 54,5% e 50,8% dos pacientes não apresentaram nível de LS adequado, de acordo com o SAHLPA-18 e S-TOFHLA, respectivamente. Faixa etária avançada (p<0,0004), menor classificação econômica (p<0,0001) e menor escolaridade (p<0,0001) foram associados ao menor nível de LS. Desse modo, o perfil de LS dos pacientes oncológicos em Paulo Afonso revela a necessidade de maior discussão do tema e busca de soluções para melhorar o cuidado em saúde dessa população, buscando maior adesão ao tratamento, maior conscientização sobre autocuidado e, consequentemente, uma redução nos gastos públicos em saúde.