Nota Técnica sobre o Patrimônio Natural e Cultural das Comunidades do Entorno da Serra da Bicuda, em Sento Sé
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2020
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Resumo
Muitas famílias do entorno da Serra da Bicuda, remanescentes da etnia indígena Tupiná, receberam, com pasmo e indignação, a informação de que, em seu território, bem próximo a suas casas instalar- se-á a Colomi Iron Mineração, para extração de minério de ferro. A pusilânime notícia chegou concomitante ao aporte de máquinas e trabalhadores da empresa mineradora, graças à licença de instalação no local que lhe concedeu o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos sem audiências publicas e divulgação de estudos sobre os impactos ambientais que a atividade extrativa causará. FONSECA, 2020). Nas terras que ocupam, para auferir dividendos econômicos, as empresas mineradoras
normalmente desdenham o valor do patrimônio (natural e cultural), a memória (individual e coletiva) e a história dos grupos autóctones. Por reconhecerem a cultura e a natureza circundante como atributos de sua identidade, as pessoas que fazem parte de um contexto ambiental e social atribuem-lhes apreço incomensurável. É por isso que os temas referentes ao patrimônio natural e cultural fazem-se sempre mais presentes nas discussões acadêmicas, sociais e políticas. À proporção em que se despertam e fortalecem sentimentos de pertença, o significado e a significância desses temas variam no tempo e no espaço. A eles se atribuem e agregam-se valores peculiares dos grupos que com eles se relacionam.