Projeto de avaliação do potencial de impacto ao patrimônio arqueológico no projeto de energia fotovoltaica de castanheira, em Sento Sé - BA

Resumo

Assim como os colonizadores europeus, os grupos humanos pré-históricos instalavam-se nos lugares onde se sentiam protegidos e tinham maior facilidade para conseguir alimentos. Tem-se a informação, confirmada por muitos achados arqueológicos, de que no período da transição do Pleistoceno para o Holoceno o clima dominante na região que hoje é semiárido, era tropical úmido. A partir de seis mil anos, o índice pluviométrico foi paulatinamente se reduzindo, com a consequente redução do volume de água dos riachos tributários e do próprio Rio São Francisco. Assim, estabelecem-se cronologias relativas para os grupos humanos que ocuparam a região de Sobradinho onde se insere o Brejo da Brásida e seu entorno. Em 1977, por ocasião da construção da Barragem de Sobradinho, a equipe de Valentin Calderón executou o Projeto de Salvamento Arqueológico para minimizar os impactos que a implantação do lago homônimo causaria sobre o patrimônio arqueológico da área que se inundaria. Constatou, então que, nos solos aluviais quaternários das ilhas e margens próximas do Rio São Francisco, predominavam sítios com vestígios arqueológicos relacionados à vida cotidiana das comunidades pré-históricas relativamente recentes. A muitos deles a população local referia-se como antigas aldeias de índios. Neles havia restos de cerâmica, artefatos líticos, pilões em matacão, machados, batedores, moedores, pedras utilizadas, lascas de pedra, carvão, cachimbos, aribés e fragmentos de ossos. (CALDERÓNetal, 1977 apud KESTERING, 2001, p. 30). Caracterizam-se esses sítios como de ocupação holocênica porque o grande volume do Rio São Francisco, durante o Pleistoceno, não permitia a ocupação humana em suas atuais margens e ilhas.

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